quinta-feira, abril 13, 2006

O COISO do Da Vinci chega em Maio




Depois do fenómeno literário, a adaptação ao cinema do "O Código Da Vinci" está transformada numa das mais aguardadas estreias do ano. Envolto em polémica desde o primeiro dia de rodagem, o filme de Ron Howard, autor de "Uma mente brilhante", conta com Tom Hanks e a francesa Audrey Tautou nos papéis principais. A obra terá honras de abertura no Festival de Cannes a 17 de Maio, chegando um dia mais tarde às salas de todo o mundo, incluindo Portugal.

Para os coisos curiosos trailer está AQUI e também AQUI

Sinopse
Harvard Robert Langdon, conceituado simbologista, está em Paris para fazer uma palestra quando recebe uma notícia inesperada: o velho curador do Louvre foi encontrado morto no museu, e um código indecifrável encontrado junto do cadáver. Na tentativa de decifrar o estranho código, Langdon e uma dotada criptologista francesa, Sophie Neveu, descobrem, estupefactos, uma série de pistas inscritas nas obras de Leonardo Da Vinci, que o pintor engenhosamente disfarçou. Tudo se complica quando Langdon descobre uma surpreendente ligação: o falecido curador estava envolvido com o Priorado de Sião, uma sociedade secreta a que tinham pertencido Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Da Vinci, entre outros.

Tal como acontecera antes com o romance histórico, muitas organizações religiosas insurgiram-se contra o projecto que atraiu ainda críticas do próprio Vaticano - mas isso só terá contribuído para gerar mais interesse popular em torno do thriller conspirativo de Dan Brown.

Para levar ao grande ecrã a história do académico Robert Langdon e da sua protegida Sophie Neveau que, entre uma série de assassínios, tentam desvendar segredos milenares que arriscam abalar toda a estrutura da igreja católica, Ron Howard teve autorização para filmar dentro do Museu Louvre a violenta sequência de abertura. Já a tentativa de rodar na Abadia de Westminster, em Londres, falhou e a alternativa - a Catedral Lincoln - custou à produção quase 200 mil dólares em doações feitas à paróquia.





Houve vigílias de freiras, declarações iradas da Opus Dei, peregrinações doentias de fãs aos locais de rodagem, e até o presidente francês Jacques Chirac foi acusado de pressionar a Sony para que a sua amiga Sophie Marceau ficasse com o papel já entregue a Tautou, a estrela de "O fabuloso destino de Amélie". No meio da "febre do Código", o Louvre registou no ano passado um número recorde de sete milhões de visitantes.




Como qualquer pessoa que não tenha saído do planeta nos últimos dois anos saberá certamente, "O Código Da Vinci" joga na ambiguidade de uma auto-intitulada "ficção iluminada" para defender a tese de que Jesus Cristo deixou descendência sem se comprometer histórica e cientificamente. Alegações semelhantes já tinham sido feitas em muitas outras obras, algumas das quais inspiraram directamente o autor, mas Dan Brown soube encontrar a fórmula certa de referências bíblicas e artísticas, sociedades secretas, artefactos dignos do Indiana Jones,
crime - e até umas pitadas de sexo. O resultado cativou milhões de leitores em todo o mundo e o filme, adaptação fiel supervisionada por Dan Brown, deverá seduzir muitas mais. Não deixa de ser um feito assinalável que um thriller cujo final é já sobejamente conhecido se venha a tornar no 'blockbuster' do ano. Mas não foi esse, também, o segredo de "Titanic"?

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