COISAS da nossa Gardunha...
Serra da Gardunha quer ser Parque Natural E ter plano de gestão que garanta a sua preservação | ||
![]() Além da planta endémica Asphodelus bento-rainhae (ver texto anterior), a Gardunha | ||
apresenta outras características que justificam a sua presença naquela lista de SIC’s. É que apesar da forte presença humana, esta serra ainda conserva grande valor do ponto de vista da diversidade biológica, possuindo alguns habitats bem conservados, como os carvalhais, os castiçais e alguns matos de caldoneira. Refira-se que, na Beira Interior, somente a Serra da Gardunha e a Serra da Malcata integram esta lista. Este sítio classificado da Gardunha tem cerca de nove mil hectares. Contudo, a Adesgar quer ir mais além, pelo que está a trabalhar no sentido de dar um novo estatuto à Serra da Gardunha. “Vamos puxar pelo mais alto e depois será aquilo que for permitido pelo interesse das espécies existentes. Chamamos-lhe o Projecto Parque Natural da Serra da Gardunha, porque é isso que vamos tentar”, revela Antónia Silvestre. Falta um plano de gestão A existência de um endemismo é o principal argumento da associação para pedir o estatuto de Parque Natural, realçando que é necessário proteger o seu habitat, pois só por si a planta não sobrevive. É, por isso, que os técnicos da associação estão a inventariar as espécies que existem na Gardunha e a descrevê-las de modo a justificar a intenção. ![]() Antónia Silvestre sublinha que o “desordenamento na Natureza interfere com seres vivos”, daí a importância de um plano de gestão. Inicialmente, o âmbito do projecto Parque Natural era mais alargado, pois, como explica a técnica da Adesgar, “não contemplava só a flora, fauna, agrícola-florestal, mas também a parte da arquitectura e arqueologia”. No entanto, esta última área não foi avante, pois foi considerado que a associação não tinha fins culturais, “mesmo tendo como parceiros a UBI, o Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra e a autarquia”, realça Antónia Silvestre. Neste projecto do Parque Natural, a Câmara do Fundão é a promotora, enquanto a associação é a executora. Agenda XXI ![]() Além disso, salienta que “é um processo aberto e que chama a comunidade e as entidades intervenientes na área a participarem”, entendendo que estarem “todos a olhar e a trabalhar para o mesmo território é o ideal”. É que, na sua opinião, “o problema da região é estarem de costas viradas uns para os outros, mesmo estando a trabalhar no mesmo projecto”. A certificação A Adesgar quer ser uma Organização Não Governamental do Ambiente (ONGA), estando neste momento a instruir o processo que pode dar à associação “uma espécie de certificado de entidade ambiental”. De acordo com Antónia Silvestre, “o processo está bem encaminhado” e, se vier a concretizar-se, a Adesgar será a única entidade de defesa do ambiente no Fundão, acrescentando que “este certificado vai permitir-nos outros voos”. Artigo relacionado: Adesgar quer preservar a Gardunha «Asphodelus bento-rainhae», a planta que torna a serra única »» | ||
10-05-2006 | Vânia Esteves | Ka |
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home