COISAS que me preocupam...
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Segundo avança o "Público", das espécies de vertebrados que existem no país estão ameaçados.
São os peixes de água doce e migradores que estão na pior situação, já que 69% estão reduzidos a populações que enfrentam dificuldades de sobrevivência.
Estas são algumas das conclusões do Livro Vermelho dos Vertebrados em Portugal, que é hoje divulgado e que actualiza os dados sobre o risco de extinção que pesa sobre os bichos nacionais.
O Livro, da responsabilidade do Instituto da Conservação da Natureza (ICN) e que contou com a colaboração de mais 180 especialistas nas diferentes espécies, avaliou, desde 2001, o estatuto de conservação anfíbios e dos peixes de água doce e migradores do continente e dos répteis, aves e mamíferos do país inteiro. Para concluir que Portugal já conta com 19 extinções, 17 das quais de aves.
Contas feitas, estão em risco 69% dos peixes, 38% das aves, 32% dos répteis, 19% dos anfíbios e 26% dos mamíferos.
De uma forma geral, salientam os autores, os factores que ameaçam a biodiversidade portuguesa são a destruição, a fragmentação ou a deterioração dos habitats. As redes viárias, a urbanização, os incêndios, as barragens no caso dos peixes e as transformações na agricultura explicam esta perda do território essencial para as espécies, além da perseguição pelo homem, a invasão de espécies exóticas, as doenças ou os atropelamentos.
O lince-ibérico, o lobo-marinho, o abutre-preto, a truta-marisca e a lampreia-de-rio são algumas das muitas espécies nacionais que estão gravemente ameaçadas - o cenário é de pré-extinção. São mais de 40% as espécies de animais vertebrados existentes no País que enfrentam algum grau de ameaça, sendo os peixes o grupo que corre mais "perigo", segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, que será hoje apresentado.
O Livro Vermelho inclui espécies de peixes (de água doce e migradores), anfíbios, répteis, aves e mamíferos que habitam no território português, indicando para cada uma o seu nível de ameaça e avaliando os graus de risco de extinção.
Foram desenvolvidas fichas descritivas com informação sobre as populações animais, causas de ameaça e medidas de conservação. As espécies, de acordo com a informação disponível, foram divididas em diversos grupos, de criticamente em perigo, ou seja, quase extintas, a uma situação pouco preocupante.
A avaliação, que abrangeu 512 espécies selvagens de vertebrados no Continente, Açores e Madeira, apurou que 42% das espécies estudadas estão ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção - como o coelho bravo, o rato de cabreira ou o tordo- -músico ; 46% não estão em estado de alarme (categoria pouco preocupante), como o rato preto e o golfinho comum. Em relação aos restantes 12%, a informação é insuficiente para elaborar uma avaliação.
Esta investigação segue um novo sistema de avaliação e classificação de espécies que permite estimar a probabilidade de extinção de cada espécie num determinado tempo, permitindo aos governos e à população serem alertados para a diminuição da diversidade biológica à escala nacional e internacional e necessidade de evitar desastres ecológicos.
A equipa que elaborou a obra integrou cerca de 180 especialistas e foi coordenada por Maria João Cabral, do Instituto de Conservação da Natureza. Foram editados três Livros Vermelhos em Portugal, o último em 1993.
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